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A matéria “A verdade sobre os agrotóxicos”, publicada em Veja (edição de 4/1/2012), revisita um tema que é alvo de polêmicas, oposições apaixonadas e amplas discussões no Brasil desde os anos 1970. No entanto, apesar de décadas de controvérsia, já no título, a revista demonstra que pretende revelar a verdade sobre o assunto. A Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), em carta-resposta à Veja, considerou o tratamento dado a um tema tão controverso como “parcial e tendencioso”, apontando uma série de equívocos na reportagem.
Em Primavera Silenciosa, o primeiro alerta mundial contra os pesticidas, publicado em 1962, Rachel Carson descreveu diversos casos de pulverizações – especialmente de diclorodifeniltricloroetano (DDT) – nos Estados Unidos, nos anos 1950-60, quando morreram enormes quantidades de pássaros, peixes, animais selvagens e domésticos. As pulverizações para exterminar supostas “pragas” também contaminaram as águas de rios, córregos, dos oceanos, os solos e os humanos.
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Motivados pelo clima de impunidade e pela falta de uma legislação rigorosa que preserve o meio ambiente e saúde humana, movimentos sociais colocarão para os deputados estaduais o problema da concentração fundiária e das lutas sociais na zona rural do Ceará.
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A reportagem é de Angela Bolis e está publicada no jornal francês Le Monde, 09-05-2012. A tradução é do Cepat.
Um passo a mais porque nessa área, em reinava até agora a lei do silêncio, a tomada de consciência dos efeitos dos produtos fitossanitários sobre a saúde dos agricultores apenas está começando a emergir. E a dar os seus frutos. Em fevereiro, a vitória de um produtor de grãos, Paul François, que havia movido um processo contra a gigante norte-americana Monsanto, abriu um precedente na França. A empresa foi julgada responsável pela intoxicação do produtor através da inalação quando estava limpando o tanque de seu pulverizador de herbicidas, o Lasso – retirado do mercado em 2007, na França. Os riscos do uso deste herbicida já eram conhecidos há mais de 20 anos.
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Veja o artigo de Larissa Bombardi, do departamento de Geografia da USP.
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O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Agenor Álvares da Silva, afirmou que o País é responsável por 1/5 do consumo mundial de agrotóxicos. O Brasil usa 19% de todos os defensivos agrícolas produzidos no mundo; os Estados Unidos, 17%; e o restante dos países, 64%.
Ele citou pesquisa segundo a qual o uso desses produtos cresceu 93% entre 2000 e 2010 em todo o mundo, mas no Brasil o percentual foi muito superior (190%).
Segundo o diretor da Anvisa, existem atualmente no País 130 empresas produtoras de defensivos agrícolas, que fabricam 2.400 tipos diferentes de produtos. Em 2010, foram vendidas 936 mil toneladas de agrotóxicos, negócio que movimenta US$ 7,3 bilhões.
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Instituições municipais, estaduais e federais de fiscalização e controle de produtos agrotóxicos participaram de um minisseminário com o tema “Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos no Estado de Rondônia”, na sexta-feira, dia 11 de maio, no auditório do edifício-sede do Ministério Público de Rondônia, em Porto Velho Também participaram do seminário órgãos de defesa do consumidor e do meio ambiente e supermercados que comercializam frutas e verduras.
O evento teve o apoio do Ministério Público de Rondônia, por meio da Promotoria do Meio Ambiente, Habitação, Urbanismo e dos Patrimônios Públicos, Histórico, Cultural e Artístico, e teve como objetivo apresentar aos participantes o resultado das análises laboratoriais realizadas em amostras de alimentos coletados em supermercados sediados no Estado, quanto aos índices de contaminação por agrotóxicos nestes produtos.
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Confira a programação da Jornada América Latina em Movimento, que acontece em 18 de maio na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
JORNADA AMÉRICA LATINA EM MOVIMENTO!
18 DE MAIO DE 2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Lutas e Emancipações numa América Latina em Movimento
08 às 12h
Auditório do Centro de Ciências Humanas e Naturais
8h - Lançamento do Caderno de Conflitos no Campo 2011
Frei Miranda – Comissão Pastoral da Terra
Carlos Walter Porto-Gonçalves
9h – Mesa Redonda
Debatedores:
Raul Krause – Movimento dos Pequenos Agricultores / Via Campesina
Carlos Walter Porto-Gonçalves – Dep. de Geografia – Universidade Federal Fluminense
Antonio Carlos Amador Gil – Dep. de História – Universidade Federal do Espírito Santo
Roberta Traspadini – Escola Nacional Florestan Fernandes / Dep. de Economia – UniversidadeFederal do Espírito Santo
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Instituições alertam sobre os riscos dos agrotóxicos para a saúde da população
O Idec aderiu nesta semana à Campanha Permanente Contra Agrotóxicos e pela Vida. A ação tem como objetivo alertar a população sobre os riscos que os agrotóxicos representam à saúde e, a partir disso, apresentar medidas para impedir seu uso no País.
A campanha é promovida pela Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), Instituto Kairós, Inca (Instituto Nacional de Câncer), entre outras instituições. Prezando pela saúde e segurança de toda a população, o Idec não poderia deixar de aderir a esaa importante iniciativa.
Dossiê
Esta semana a Abrasco divulgou a primeira parte do dossiê que alerta sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde dos brasileiros.
De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Observatório da Indústria dos Agrotóxicos da UFPR (Universidade Federal do Paraná), nos últimos três anos, o Brasil vem ocupando a posição de maior mercado mundial de agrotóxicos. Com isso, cerca de um terço dos alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros está contaminado. Felizmente, já há agricultores que adotam a agroecologia para produzir alimentos saudáveis.
A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida luta para que outros trabalhadores adotem um novo modelo de desenvolvimento agrário. Para saber mais sobre a ação clique aqui.
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O Ministério Público Federal em São Paulo quer o cancelamento do registro de todos os fungicidas que utilizam o princípio ativo Prochloraz que, segundo especialistas, pode causar o aumento da incidência de câncer de mama, testículo e próstata, além de provocar danos ao meio ambiente.
A ação civil pública, com pedido de liminar, proposta contra a União, também pede que o Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa) não conceda novos registros de fungicidas à base de Prochloraz, pelo “alto grau de nocividade à saúde humana e ao meio ambiente”.
Segundo a ação, atualmente existem três agrotóxicos registrados no Mapa e que utilizam o princípio ativo cancerígeno: Jade, produzido pela Milenia Agrociências S/A; Mirage 450 EC, produzido pela Agricur Defensivos Agrícolas Ltda; e Sportak 450 EC, produzido pela Bayer S/A.