Campanha

Mafiosos dos agrotóxicos - leia-se SINDAG - já dão por certa a aprovação da emenda de Valdir Colatto que possibilita a pulverização área em cidades para, supostamente, combater o mosquito.

Já sabemos que o motivo é engordar os bolsos deles, no momento em que a venda de agrotóxicos está em queda. De 2014 para 2015, o faturamento caiu 21,6%.

Além, isso vai servir apenas para deixar pessoas doentes e mosquitos mais resistentes. Vamos mostrar para esse governo golpista que somos muito e não queremos veneno sobre nossas cabeças!

Assine aqui: https://secure.avaaz.org/en/petition/Presidencia_da_Republica_Veto_a_emenda_que_permite_pulverizacao_aerea_nas_cidades/

 

 Saiba mais:

Paulo KageyamaRecebemos hoje a triste notícia do falecimento de Paulo Kageyama. Professor titular da ESALQ/USP, nunca se limitou à universidade: atuou em defesa da agricultura familiar, inclusive dentro do governo, contribuiu no desenvolvimento da agroecologia junto aos movimentos sociais, especialmente o MST, e nos últimos anos se dedicou fortemente ao tema dos transgênicos. Foi membro da CTNBio, onde lutou com todas as forças contra a aprovação do eucalipto transgênico e do mosquito transgênico.

Perdemos um companheiro de luta, ganhamos uma inspiração e um motivo a mais para continuar nossa batalha.

Em sua memória, deixamos a homenagem feita por Leonardo Melgarejo:
           
Pensem numa pessoa gentil, respeitosa, com disposição e humildade para ouvir a todos, demonstrando que sempre haverá o que apreender, na escuta atenciosa do que cada um tem a dizer. Pensem em um PROFESSOR disposto a enfrentar escolas, insistindo, sempre, que os mestres devem aprender com os alunos. Que devemos desconfiar das tecnologias e estudar não para divulgá-las ou ganhar com elas, mas para filtrar seus efeitos a partir das respostas da natureza e da interpretação trazida pelos que com elas interagem, em sua vivência  cotidiana. Nosso líder na luta contra os transgênicos, Paulo Kageyama.

Enquanto o país passa por um delicadíssimo momento político, a bancada ruralista segue tramando longes dos holofotes. No dia de hoje (12/04), será criada a Comissão Especial que irá avaliar o PL3200/2015. Ao contrário das outras tentativas de mudança de lei que temos denunciado aqui, desta vez o caso é o pior: trata-se de jogar no lixo a Lei 7802/1989, construída a partir de grande luta da sociedade civil, e substituí-la por uma "Lei de Defensivos Fitossanitários".

Não é preciso ser um especialista em Direito para entender o golpe. Basta um simples ctrl+F (comando usado para buscar um texto dentro de um arquivo de texto) para observar que a palavra "agrotóxico" despareceu da lei. Além disso, o registro por equivalência vai possibilitar mais agrotóxicos para as culturas de baixo suporte de agrotóxicos, que são basicamente aquelas verduras e legumes que temos à nossa mesa.

Por Iris Pacheco - Foto: Renato Consentino
Da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida

Neste dia 07 de abril de 2016, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida completa 05 anos de luta e resistência contra uma das principais expressões do modelo agrário capitalista no país, o agronegócio.

O objetivo da campanha é denunciar o modelo que domina a agricultura brasileira por meio de sua principal contradição: os agrotóxicos. Assim, resultado de muitas iniciativas e articulações entre diversas organizações que desde 2010 vinham construindo uma rede em torno dessa perspectiva de luta unitária, a Campanha foi lançada em 2011 denunciando os impactos severos que os venenos causam na saúde humana e no meio ambiente.

Ao mesmo tempo em que a Campanha busca explicitar as contradições e malefícios gerados pelo agronegócio, ela também vem trazer um anúncio. Por isso traz em seu nome a Vida, colocando a agroecologia como paradigma necessário para construção de outro modelo de agricultura.

No aniversário de 5 anos da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, a apresentadora Bela Gil manda os parabéns e fala sobre alimentação saudável. Confira!

Karen Friedrich, pesquisadora da Fiocruz, e professora da Unirio, fala sobre a inviabilidade do uso seguro de agrotóxicos, nos 5 anos da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.

No dia 7 de abril de 2016, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida completa 5 anos de existência. Para marcar a data, vamos divulgar durante a semana vídeos com diversas personalidades que se destacaram neste anos na luta contra os venenos.

No primeiro vídeo, Maria Emília Lisboa Pacheco, presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA) fala sobre a importância da luta pelo PRONARA. O Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos foi elaborado a mais de um ano, mas segue engavetado por pressão do agronegócio.

Confira:

Ontem, durante a plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Onaur Ruano, chefe de gabinete do Ministro do Desenvolvimento Agrário Patrus Ananias, fez apresentação sobre a construção do Plano Safra da Agricultura Familiar 2016-2017, a ser lançado em junho deste ano. Entre os pontos destacados esteve a menção ao lançamento do Programa Nacional de Redução de Uso de Agrotóxicos durante o lançamento do plano Safra da agricultura familiar.

Após à manifestação pública de Ruano, os membros do Consea, incluindo sua presidenta Maria Emília Pacheco, ressaltaram a grande importância do lançamento e efetiva implementação do Pronara, uma vez que essa política é instrumento indispensável para construir a transição para um modelo produtivo efetivamente alinhado e comprometido com a efetiva realização do direito humano à alimentação adequada.

O Pronara, apesar de ser um plano muito aquém das necessidades do país, é um importante avanço na luta contra os agrotóxicos. Entretanto, mais de um ano após sua elaboração, ainda não foi lançado devido a pressões sobretudo do Ministério da Agricultura.

Leia matéria do MDA sobre o evento: http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/plano-safra-ganha-destaque-em-reuni%C3%A3o-do-consea

Fonte: http://rasca.com.br/noticia/alvaro-dias-retira-projeto-que-excluiria-o-termo-%93agrotoxico%94-da-lei-C168802.html

O projeto de Lei de autoria do senador Alvaro Dias (PV-PR), que pretendia substituir a palavra “agrotóxicos” por “produtos fitossanitários” na legislação, foi arquivado nesta semana no Senado Federal. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (30), na Assembleia Legislativa do Paraná, pelo deputado estadual Rasca Rodrigues (PV), que intermediou junto ao senador a retirada do projeto diante das fortes críticas de ambientalistas à iniciativa.

Durante sua fala, Rasca parabenizou Dias pela coragem em voltar atrás afirmando que, caso a proposta avançasse no Senado, poderia aniquilar todo o conceito de agricultura orgânica no Brasil. “O termo fitossanitário já existe no país e é utilizado apenas em produtos permitidos na legislação de orgânicos, sem veneno. Ou seja, se houvesse a exclusão do termo “agrotóxicos” seria a exclusão da agricultura orgânica, pois misturaria tudo”, explicou Rasca.

O projeto arquivado pelo senador foi aprovado no último dia 22 de março pela representação brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul), por unanimidade. Na justificativa da proposta, Dias, que se filiou no Partido Verde no dia 5 de março, defendia que o Brasil adotasse a mesma nomenclatura dos demais países do Mercosul.

Câmara

Se no Senado os ambientalistas podem comemorar a decisão de Dias, na Câmara Federal já está tramitando outra proposta sobre o mesmo tema, que deve tirar o sono do movimento ambiental. Trata-se do projeto de Lei 3200/2015, de autoria do deputado federal Covatti Filho (PP-RS), que cria a Política Nacional de Defensivos Fitossanitários.

“O projeto que tramita na Câmara, além de considerar agrotóxicos em geral como produto fitossanitário, classifica os transgênicos como fitossanitário. Vamos fazer uma forte mobilização junto aos deputados federais para derrubarem este projeto”, disse Rasca.

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida foi convidada a participar de um debate sobre agrotóxicos no Canal Futura, nesta quinta (31). No entanto, o convite foi recusado. Veja a resposta:

Prezada ,

Agradecemos imensamente o convite para mais uma vez debater o tema dos agrotóxicos no Canal Futura, como já fizemos em pelo menos 2 outras oportunidades.

Entretanto, é impossível não considerar o momento político pela qual o nosso país está passando, e a grandiosa influência negativa exercida pelas mantenedoras do Canal Futura, sobretudo a Rede Globo e a FIESP.

Isso mesmo. Pelas sombras da crise política, o agronegócio vai se movimentando para, aos poucos, destruir a legislação brasileira sobre agrotóxicos. Desta vez, a tentativa é de mudar o nome "agrotóxico" para "produto fitossanitário". A desculpa utilizada é uma suposta normalização do nome junto aos países do Mercosul. Mas a verdadeira intenção, declarada abertamente, é de livrar a produção rural brasileira do marketing negativo gerado pelo nome agrotóxico. Porque deixar de usar venenos, nem passa pela cabeça dos ruralistas.

Entendemos que mudar o nome é tentar esconder o perigo que os agrotóxicos causam para a saúde da população.

Vote aqui no site do Senado contra o texto: https://www12.senado.gov.br/ecidadania/visualizacaotexto?id=180985

Abaixo, carta enviada pela Campanha Contra os Agrotóxicos ao Senador Roberto Requião, que preside a Comissão de Representantes do Parlasul, onde a proposta foi aprovada:

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Prezado Senador Roberto Requião,

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida reúne cerca de uma centena de organizações no Brasil com o objetivo de denunciar o uso dos agrotóxicos em nosso país e estimular o desenvolvimento de ações para a produção de alimentos saudáveis.

Nos seus quase 5 anos de existência, um dos campos de ação da Campanha é o acompanhamento da movimentação legislativa da Frente Parlamentar Agropecuária, ou Bancada Ruralista. Nos últimos anos, diversos projetos de lei vêm sendo apresentados, sempre no sentido de enfraquecer a regulação estabelecida pela Lei 7802/1989 e facilitar a aprovação de mais venenos.