Campanha

Nesta sexta-feira (6), Fiocruz, INCA e ABRASCO lançaram uma nota conjunta rebatendo as críticas recebidas dos representantes das indústrias de agrotóxicos. A revista Galileu publicou nesta semana uma longa matéria destacando os prejuízos dos agrotóxicos à saúde dos brasileiros. Ainda assim, Eduardo Daher e Ângelo Trapé acusam as pesquisas de terem "viés ideológico".

A três entidades afirmam que não aceitarão tal tipo de pressão, e fazem uma convocação à sociedade: "A Fiocruz, o Inca e a Abrasco não aceitarão pressões de setores interessados na venda de agrotóxicos e convocam a sociedade brasileira a tomar conhecimento e se mobilizar frente à grave situação em que o país se encontra, de vulnerabilidade relacionada ao uso massivo de agrotóxicos."

De acordo com a nota, o compromisso dos que criticam as pesquisas é apenas com o lucro na venda de venenos: "A Andef é uma associação de empresas que produzem e lucram com a comercialização de agrotóxicos no Brasil. Em 2010, o mercado dessas substâncias movimentou cerca de US$ 7,3 bilhões no país, o que corresponde a 19% do mercado global de agrotóxicos. As seis empresas que controlam esse segmento no Brasil são transnacionais (Basf, Bayer, Dupont, Monsanto, Syngenta e Dow) e associadas à Andef. As informações sobre o mercado de agrotóxicos no Brasil, assim como a relação de lucro combinado das empresas na venda de sementes transgênicas e venenos agrícolas, estão disponíveis no referido Dossiê Abrasco “Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na Saúde”.

Veja a nota na íntegra:

A chuva de agrotóxicos em uma escola de Goiás virou documentário, que já pode ser visto na internet.

O filme/Documentário se chama PONTAL DO BURITI - brincando na chuva de veneno, e foi dirigido por Dagmar Talga.

Em 3 de maio de 2013, a partir das 9 horas da manhã, uma aeronave da empresa Aerotex Aviação Agrícola Ltda., sobrevoou a Escola Municipal Rural São José do Pontal, localizada na área rural do município de Rio Verde/GO, "pulverizando", com o veneno Engeo Pleno da Syngenta, aproximadamente 100 pessoas, entre elas crianças, adolescentes e adultos, que estava na área externa do prédio em horário de recreio.

Algumas crianças e adolescentes, "encantados" com a proximidade que passava o avião, receberam elevadas "doses" de agrotóxico. Este não é um caso isolado. Esta é a realidade do agronegócio no Brasil.

 

 

 

 

Durante a Jornada de Agroecologia de 2013, será realizado no dia 8 de agosto um seminário sobre a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida. Veja o evento no facebook.

Seminário da Campanha Nacional Contra os Agrotóxicos e Pela Vida

Data: 08 de agosto de 2103

Hora: 13:30h

Local: Auditório do DACESE na UEM

Na programação da 12ª Jornada de Agroecologia, (http://jornadaagroecologia.com.br/) que acontecerá entre os dias 07 e 10 de agosto em Maringá, o Comitê da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida estará promovendo um Seminário sobre a Campanha Nacional Contra os Agrotóxicos e Pela Vida. 

Os participantes da IX Feira de Sementes Crioulas de Jutí, MS, aprovam no dia 13 de julho uma carta de apoio à campanha. O encontro foi realizado durante o 2o Seminário sobre Uso e Conservação do Cerrado do Sul de Mato Grosso do Sul. Veja a íntegra da carta:

A mesa redonda realizada na 9a Feira de Sementes Crioulas de Juti-MS, no dia 13 de Julho de 2013 contou com a participação de atores de diversos setores sociais que se engajam e se mobilizam nesta Grande Luta em Defesa da Vida, “Por uma Terra sem males, livre de Transgênicos e Agrotóxicos”, a participação popular teve brilho especial pela sua clareza de objetivos, coerência com a realidade cotidiana dos agricultores familiares e consumidores, impressionou ainda a firme disposição para a Luta.

A demonstração de domínio de conhecimentos, dada pelos agricultores em Agroecologia evidencia a capacidade dos Movimentos Sociais em responderem de maneira concreta às necessidades da sociedade relacionadas com a Saúde Humana e Ambiental, Segurança e Soberania Alimentar, bem como reflete o elevado grau de consciência existente sobre os enormes prejuízos sociais, econômicos e ambientais causados pelos Agrotóxicos ou Venenos Agrícolas.

O setor institucional ligado à pesquisa e transferência de tecnologias também cumpriu o seu papel, mostrando de maneira clara e precisa, o potencial da Agroecologia como Modelo Produtivo, como meio de produção de alimentos mais adequado para o equilíbrio ambiental. Por sua vez o setor institucional ligado às políticas públicas de desenvolvimento agrário fez questão de ressaltar a enorme importância da organização social e pressão política popular, principalmente nos momentos de definição de políticas públicas, evidenciando a força do poder popular em pautar as decisões do poder público institucionalizado.

Fundo financeiro será utilizado para publicar materiais direcionados à sociedade que alertam sobre os males gerados pelos agrotóxicos no meio ambiente e na saúde

16/07/2013

da Redação

Com o objetivo de alertar sobre os males causados pelo uso de agrotóxicos, tanto na saúde quanto no meio ambiente, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida realiza uma mobilização para arrecadação de contribuições financeiras para a publicação de materiais informativos direcionados à sociedade. As publicações serão entregues em escolas, universidades, postos de saúde e em setores da sociedade civil organizada.

As contribuições devem ser feitas através de depósito ou transferência bancária, em uma conta administrada pela Secretaria Operativa Nacional da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, até o dia 30 de julho de 2013. As pessoas que depositarem e quiserem se identificar, devem enviar o comprovante de depósito para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Após o fim da mobilização de arrecadação financeira, a Campanha fará um documento de prestação de contas que será enviado a todas as pessoas que contribuíram e se identificaram.

A Campanha acredita que essas publicações contribuirão para o fortalecimento da consciência social em relação aos problemas gerados pelo uso abusivo de agrotóxicos e plantio de sementes transgênicas. “Queremos aproveitar este momento em que o povo sai às ruas para reivindicar seus direitos e, assim, poder distribuir materiais à sociedade com o objetivo de informá-la”, diz a organização.

O Brasil é o primeiro colocado no ranking mundial do consumo de agrotóxicos. De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola, mais de um milhão de toneladas (equivalente a mais de 1 bilhão de litros) de venenos foram jogados nas lavouras em 2009 e, nos anos seguintes, esse número só aumentou.

Dados bancários para as contribuições

Instituição bancária: Banco do Brasil

Agência: 2901-7

Conta corrente: 33.153-8

Titular: Associação Nacional da Agricultura Camponesa – ANAC.

 

Brasília - DF, 10 de julho de 2013

Ao povo brasileiro,

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, vem por meio desta nota manifestar sua posição em relação aos acontecimentos que desde o dia 03 de maio vem ocorrendo na escola rural do assentamento pontal dos Buritis localizado na cidade de Rio Verde – GO.

Em 03 de maio uma aeronave da empresa Aerotex sobrevoou a escola durante uma aplicação do agrotóxicos/veneno conhecido como Engeo Pleno da empresa Syngenta,  fato que resultou no registro de 93 casos de intoxicação, na sua maioria crianças.

Desde então a atenção à saúde dessas crianças e das demais vítimas, tem sido feita de forma precária e lenta, de modo que muitas crianças dias depois do ocorrido, quando ficaram internadas, tiveram de voltar ao hospital sofrendo sintomas das intoxicações.

Nos dias 25 e 26 de junho uma equipe de profissionais da Associação Brasileira de Saúde Coletiva – ABRASCO, INCA e da Fiocruz, assessorando o Ministério Público Federal visitou a região e conversou com pessoas que sofreram intoxicações. A equipe contava com médicos profissionais da área de saúde coletiva, toxicologistas, entre outros.

Durante a visita a recomendação feita pelo Ministério Público Federal foi de manter a suspensão das aulas, até que seja assegurado o integral restabelecimento das condições sanitárias e ambientais da unidade escolar.

Na noite do dia 30 de junho a escola foi depredada, e segundo a delegada responsável pelo caso a ação foi realizada por alunos que estudam na mesma.

Nós da Campanha não reconhecemos a ação, porém reconhecemos que banhar a escola de veneno e contaminar dezenas de pessoas em sua maioria crianças também é um ato de depredação, não apenas do patrimônio público, no caso a escola, mas um ato de violência contra a vida.

Queremos alertar para que o centro das atenções não sejam voltadas apenas para o ato da depredação, que por sua vez fica claro como uma resposta de repudio (ainda que equivocada) em relação ao crime cometido quando da pulverização da escola.

Na reportagem exibida pela TV Anhanguera vemos no quadro as palavras “Protesto Veneno” que deixa claro que tal ato é apenas consequência do crime cometido contra a escola e a vida das pessoas que nela se encontravam quando a mesma foi banhada de veneno, bem como um protesto contra a lentidão no cuidado com a saúde dos intoxicados.

Exigimos que o poder público possa tomar as providências em relação à pulverização aérea de agrotóxicos, punindo os responsáveis daquilo que foi o estopim dos vários problemas que vem enfrentando a escola e as pessoas intoxicadas.

Vale lembrar que o caso da escola de Rio Verde em relação à contaminação por agrotóxicos através da pulverização aérea não é um ato isolado, mas algo recorrente dessa forma de aplicação de veneno que mesmo cumprindo com as exigências legais para aplicação - o que na maioria das vezes não acontece – é extremamente perigosa e contaminante do meio ambiente e das pessoas.

É por isso que exigimos do governo federal a proibição imediata da pulverização aérea e a regulamentação da pulverização terrestre, pois os agrotóxicos como vimos não só geram problemas ambientais e de saúde pública, mas sim um conjunto de problemas sociais dos quais a sociedade brasileira pode evitar adotando um modelo de agricultura baseado na produção agroecológica e sem veneno.

Dessa forma oferecemos a nossa solidariedade a todos os educandos, pais, professores, ao diretor da escola e a todos aqueles e aquelas que de uma forma ou de outra estão sendo afetados pelos acontecimentos trágicos na escola do assentamento Pontal dos Buritis.

Atenciosamente,

Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida

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En el marco de la VI Conferencia de la Vía Campesina realizada en Indonesia del 7 al 12 de Junio pasado,  el movimiento campesino  asumió la Campaña Mundial contra los agrotóxicos y por la vida, la cual busca denunciar la estrecha relación entre los agrotóxicos y las distintas consecuencias del modelo agroindustrial, en la  salud, la contaminación y la dependencia económica.

Los agrotóxicos surgen en el mundo después de la segunda guerra mundial, cuando las fábricas de armas químicas se adaptan para su utilización en el actual modelo capitalista de la agricultura, que está basado en el agronegocio.

El uso de agrotóxicos es uno de los principales pilares de mantenimiento del agronegocio en el mundo, juntamente con las semillas transgénicas. La producción y comercialización de agrotóxicos está monopolizada por seis grandes empresas transnacionales que controlan 67% el mercado mundial: Monsanto, Bayer, BASF, DuPont, Dow y Syngenta.

En 1997, en su  II Congreso de la  Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo, CLOC, expresó un no rotundo contra los plaguicidas y empezó a elaborar un plan de lucha contra estos. Pero es a raíz del 2010, luego de su V Congreso definió  construir una campaña continental.  Actualmente,  la campaña cuenta con buenas experiencias de articulación y denuncia en países como Brasil, Paraguay y Argentina.

Foi lançada, durante o “Seminário Regional de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável: contra o agrotóxico e pela vida”, em 14 de junho de 2013, em Uberlândia/MG, o Comitê do Triângulo Mineiro da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida. O debate durante o evento, que contou com a participação de representantes de várias instituições governamentais e movimentos sociais, foi pautado pela necessidade de combate à produção, comercialização e uso de agrotóxicos na região do Triângulo Mineiro, região com forte presença das empresas do agronegócio.

O Comitê do Triângulo Mineiro estabeleceu como focos de ação a realização de pesquisa para levantamento de impactos sociais, políticos, ambientais e para a saúde dos agrotóxicos na região; a criação de espaços políticos de discussão e combate ao uso de agrotóxicos; a promoção da reforma agrária e da agroecologia com alternativa ao modelo do agronegócio.

Fome atinge uma em cada sete pessoas e desnutrição mata 20 mil crianças com menos de 5 anos por dia. Agricultura camponesa, que no Brasil produz 70% dos alimentos, só consegue acessar 14% dos créditos

Celebrado no dia 5 junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente é um importante momento para refletirmos sobre os impactos da ação humana sobre a natureza. Neste ano, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) chamou a atenção da data para discutir a questão do desperdício de alimentos no mundo.

De acordo com a FAO, 1,3 bilhão de toneladas de comida são jogadas fora por ano. A fome atinge uma em cada sete pessoas e, em consequência da desnutrição, mais de 20 mil crianças com menos de 5 anos morrem todos os dias.

A Organização das Nações Unidas (ONU) destaca o desperdício de alimentos como um enorme consumidor de recursos naturais e colaborador dos impactos negativos no meio ambiente.

Para debater os danos causados ao meio ambiente e pensar formas de preservação, a Radioagência NP entrevistou o coordenador da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, Cléber Folgado. Ele afirma que é preciso repensar o próprio modelo de produção agrícola adotado a nível mundial, e ressalta que um dos “grandes vilões em relação à situação que se encontra o meio ambiente é o agronegócio”.

O FÓRUM NACIONAL DE COMBATE AOS IMPACTOS DOS AGROTÓXICOS, instrumento de controle social que congrega entidades da sociedade civil com atuação em âmbito nacional, órgãos de governo, o Ministério Público e representantes do setor académico e científico (..), por seus representantes abaixo assinados, em face do contido na Portaria no 42/2013, Portaria no 42, de 5/3/2013 (...), que, respectivamente, declararam como “emergência fitossanitária” notícias sobre a existência da praga Helicoverpa Zea em lavouras de Algodão e Soja na safra 2012/2013 a 2014/2015 do oeste da Bahia, e autorizaram a importação e uso emergencial de agrotóxico formulado à base de Benzoato de Emamectina, mesmo com manifestação contrária do Comitê Técnico de Assessoramento para Agrotóxicos e a existência de Nota Técnica emitida pela ANVISA com fundamento na alta toxidade do referido produto e nos riscos neurológicos que o mesmo representa para a saúde humana e o meio ambiente, inclusive em face da ausência de antídoto ou procedimento definidos para o caso de intoxicação e contaminação, vem expedir NOTA PÚBLICA DE REPÚDIO por entender que são ilegais a iniciativa unilateral do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em autorizar a importação e o uso de agrotóxico formulado à base de Benzoato de Emamectina, como também a iniciativa do Governo do Estado da Bahia em autorizar o uso do referido produto em seu território, porque contrárias ao conjunto de normas referidas acima, e põem em risco a saúde das pessoas (cidadãos/trabalhadores) e o meio ambiente, com potencial de danos irreversíveis ou de difícil reparação.

O FÓRUM entende, também, que devem ser envidados todos os esforços na busca de outras soluções existentes e rejeita radicalmente a alternativa ilegal praticada,chamando a atenção das responsabilidades por todos e quaisquer danos, inclusive os que venham surgir, a longo prazo, à saúde dos trabalhadores, da população e ao meio ambiente, inclusive o do trabalho.

Veja íntegra da Nota.

 da Campanha Contra os Agrotóxicos, Rio Verde

Foi realizado, na última quarta-feira (05/06/2013), na Câmara Municipal de Rio Verde/GO, Ato Público em Defesa do Meio Ambiente e da Vida, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Participaram do evento representantes de diversas instituições e da sociedade civil de forma geral, congregando um público de, aproximadamente, 100 pessoas. As contribuições apresentadas pelos componentes da mesa de debate foram focadas nos impactos sociais, ambientais e para a saúde, causados pela intensa utilização de agrotóxicos no município e na região de forma geral. 

De acordo com Rosana Fernandes, da Via Campesina, “[...] o evento foi um momento importante pra gente refletir sobre uma questão tão ampla que é o modelo do agronegócio que traz tantos impactos sociais e ambientais, mas também para colocar publicamente a questão dos agrotóxicos para a sociedade de Rio Verde/GO”. O evento foi marcado também por uma mística promovida pelos alunos da Escola Municipal São José do Pontal que, há um mês, foi pulverizada com o agrotóxico Engeo Pleno da Syngenta, por aeronave da empresa Aerotex Aviação Agrícola.