• Anvisa: um terço dos alimentos consumidos no Brasil está contaminado por agrotóxico

    Emanuelle Brasil, Agência Câmara

    Em audiência pública promovida nesta segunda-feira pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, especialistas assinalaram que um terço dos alimentos consumidos no dia a dia pelos brasileiros está contaminado por agrotóxicos. A análise foi feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com base em amostras coletadas nos 26 estados em 2011.

    O debate sobre o vínculo entre agrotóxicos e doenças graves foi realizado na Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul.

    Os agrotóxicos usados na agricultura, no ambiente doméstico e em campanhas de saúde pública como inseticida estão associados a diversas doenças como o câncer, o mal de Parkinson e a depressão.

    O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Luiz Claudio Meirelles, alertou para a ingestão contínua de quantidades pequenas de agrotóxicos no dia-a-dia. “75% dos alimentos têm resíduos de agrotóxicos. A cada vez que você bota uma refeição na mesa, ela está ali com uma quantidade de resíduos enormes, e os estudos têm mostrado que chegam a 17 diferentes tipos de agrotóxicos para o qual a ciência sequer tem ferramental para dizer como é que isso vai funcionar para a vida.”

  • Argentina: Presentación administrativa solicitando al SENASA la prohibición del Glifosato

    Agrotóxicos

    El 5 de Junio de 2015, varias ONGs, colectivos sociales del país, Cátedras de la Universidad Pública y profesionales de la salud, el derecho, las ciencias sociales y agrarias solicitaran ante el SENASA (Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agroalimentaria), a fin de que disponga el inicio del procedimiento de Análisis de Riesgo de todos los registros con el principio activo Glifosato, conforme lo establece el Punto 3 del Capítulo 18 de la resolución SENASA 350/1999.

    El glifosato fue decladado como "probablemente cancerígeno para los seres humanos" (Grupo 2A) el informe del mes de Marzo de 2015 del Centro Internacional de Investigaciones sobre el Cáncer - Órgano que actúa dentro del marco de la Organización Mundial de la Salud -.

    Objetos de la presentación:

    - Como objeto inicial de la presentación administrativa se solicita al SENASA que disponga el procedimiento de Análisis de Riesgo de todos los registros con el principio activo Glifosato, en virtud de que existen evidencias harto suficientes que justifican el inicio del mismo, conforme lo establece el Punto 3 del Capítulo 18 de la resolución SENASA 350/1999 que reglamenta, el registro, clasificación y uso de agroquímicos para fines agropecuarios en la Argentina. Dejamos de manifiesto que la presentación tiene como objetivo final que el organismo dictamine al concluir el proceso de reevaluación: la prohibición del uso y aplicación, en todo el territorio argentino, de todos los formulados con el principio activo glifosato.

  • Califórnia: primeiro estado dos EUA a etiquetar herbicida Roundup como cancerígeno

    por Lorraine Chow, do EcoWatch

    A primeira do país, a Agência de Proteção Ambiental da Califórnia (Cal/EPA, por sua sigla em inglês) informou que pensa em reclassificar o glifosato – ingrediente tóxico ativo do herbicida Roundup, da Monsanto – por saber que provoca câncer.

    Segundo uma "notícia de intenção”, publicada recentemente pelo Escritório de Avaliação de Risco Sanitário Ambiental (OEHHA, por sua sigla em inglês), pertencente à Cal/EPA, a ação entra no âmbito da Proposta 65, da Califórnia, que obriga o Estado a publicar uma lista de produtos químicos conhecidos por serem causa de câncer, defeitos pré-natais e outros danos reprodutivos.

    A mesma lei, também conhecida como Lei de Responsabilidade pela Água Potável Segura e os Tóxicos, de 1968, exige também que certas substâncias identificadas pela Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC, por sua sigla em inglês), dependente da Organização Mundial da Saúde (OMS), sejam incorporadas à lista de cancerígenos.

  • Monsanto: quem te conhece não te compra!

    Alepe 44Por Eduardo Amorim (Centro Sabiá)

    Responsável por alguns dos produtos que mais ameaçam a saúde do povo e a agrobiodiversidade brasileira, a empresa Monsanto teve de responder a graves indagações feitas por representantes de movimentos sociais e acabou sendo desmentida em dois pontos, pelo deputado estadual Rodrigo Novaes e pelo representante do Fórum Pernambucano de Combate aos Efeitos dos Agrotóxicos, Pedro Albuquerque, durante audiência da Comissão de Agricultura na Assembleia Legislativa, realizada nesta terça-feira.

    O parlamentar questionou o fato do glifosato ter sido apresentado pela empresa como se estivesse na mesma categoria em relação ao potencial de câncer que outros produtos bastante conhecidos, como o cafezinho. Autor de projeto de lei para proibir o produto em Pernambuco (o glifosato é utilizado por mais de 50 empresas e faz parte da fórmula do RoundUp, produto mais vendido da Monsanto), Rodrigo Novaes lembrou que a classificação pela Anvisa mudou para 2ª e assim o agrotóxico “não está no mesmo hall. Então é preciso que a gente tenha cuidado para fazer o debate no mais alto nível”, pediu.

  • Na Alemanha, Glifosato é suspeito de provocar má-formação

    Der Spiegel: "Seria o Glisofato seguro para beber, como afirmam os lobistas da indústria? Ou seria ele o DDT do século XXI, altamente tóxico, e que consequentemente contamina toda a cadeia de alimentos?"

    Assim como em vários locais do mundo, o Glifosato vem ganhando as páginas de jornais alimentos pelas seguidas evidências de seus efeitos na saúde e meio ambiente. A revista "Der Spiegel", um dos semanários mais lidos na Alemanha, trouxe nesta semana uma extensa matéria sobre este pesticida. Na capa, a pergunta: "Será o Glifosato culpado pela má-formação?"

    Após informar sobre diversos casos onde o resíduo de Glifosato na ração animal é suspeito de causar doenças em gado leiteiro, prejudicando a produção, a revista afirma que em poucos meses a autorização do produtos será revisada na União Europeia. Veja um trecho da matéria traduzida:

    "O Glifosato é usado há 40 anos, e pode ser encontrado em muitos lugares: na urina de humanos e animais, no leite, na ração animal, em órgãos de suínos e bovinos, em coelhos e faisões, e na água.

    O uso do Glifosato é liberado desde 2001 na União Europeia. No final deste ano, expira o prazo da liberação. A agência europeia de segurança alimentar (European Food Safety Authority - EFSA) irá se pronunciar em agosto sobre a possibilidade de renovação da liberação por mais 10 anos. Há boas chances de que esta renovação reforce uma briga já acontece há anos, sobre o quanto de perigo representa o Glifosato para humanos, animais e o meio ambiente.

  • Pesquisadora mostra necessidade de banir glifosato para deputados

    Dados trazidos por Lia Giraldo surpreenderam parlamentares Foto: Eduardo Amorim (Centro Sabiá)

    Do Centro Sabiá

    Lia

    Por Eduardo Amorim (Centro Sabiá)

    Em audiência marcada por fortes posicionamentos em relação aos agrotóxicos, a pesquisadora e professora da Pós-Graduação do Hospital Ageu Magalhães (Faculdade de Ciências Médicas da UPE), Lia Giraldo, conseguiu mostrar para os deputados através de dados científicos e de informações já balizadas pela Organização Mundial de Saúde que precisamos proibir a venda e utilização do glifosato no Brasil.

    Agrotóxico mais vendido no Brasil, o glifosato já deveria ter saído do mercado a muitos anos, garante a pesquisadora, que afirma que a Anvisa tem essas informações e as engavetou. Para ela, “desde 2009 temos notas técnicas prontas, concluídas, e elas agora só receberiam mais informações para reforçar a decisão da proibição, mas estão engavetadas. Por que a pressão via lobbye é muito forte”, garante.

    Ela participou de audiência pública da Comissão de Saúde e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Pernambuco que tinha como objetivo discutir o projeto de lei 261-2015. A proposta também prevê, além do banimento do glifosato, o de agrotóxicos já proibidos nos países onde foram registrados e que quando Organizações Internacionais, responsáveis pela saúde, alimentação ou meio ambiente, das quais o Brasil seja membro integrante ou signatário de  acordos e convênios, alertarem para riscos ou desaconselharem o uso de agrotóxicos, seus componentes e afins, ficará suspenso imediatamente o uso e a comercialização no Estado.